terça-feira, 13 de dezembro de 2011
O OLHAR FOTOGRAFICO!
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
VOZ DE COMANDO
Cleiton de Oliveira |
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
I AM IN TRAINING DON'T KISS ME
Sem titulo: de Cindy Sherman (1990) |
Claude Cahun |
|
|
|
|
|
|
|
Fotografia: claude cahan |
Você pode ler mais também aqui:
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Lambe-Lambe
http://fotografoslambelambes.blogspot.com/2010/02/fotografos-ambulantes-no-brasil-os.html
Na minha primeira infância, quando ia para o Instituto Araguaia, olhava pela janela do Fusca branco do meu pai algumas banquinhas, parecidas com bancas de jornal e que ficavam em alguns pontos do centro de Goiânia, como na Praça Cívica em meados dos anos 1980.
_ Pai o que são essas casinhas?
_ Essas casinhas aí são banquinhas pra tirar foto, minha filha!
_ Nossa, mas é um lugarzinho tão pequenininho! Cabe gente lá dentro?
_ Pois é, é apertado! Mas cabe sim: só quem vai tirar a foto e o fotógrafo!
_ Ah, é? E como ele faz?
_ Uai, minha filha, a gente chega lá e pede uma foto pra documento. Ele pergunta o tamanho, você diz. Daí, ele empresta uma camisa, uma gravata e um paletó. A gente ajeita o cabelo e ele fala assim: “Olha o passarinho!”
_ Eca, mas todo mundo usa a mesma roupa que o outro estranho usou, sem lavar?
_ Ah, ninguém ligava pra isso, não!
_ Devia ser fedido!
_ Ih, a gente nem sentia! Nossa, mas a foto saía perfeita! Antigamente, quando eu cheguei de Belo Horizonte aqui em Goiânia nos anos 60, todo mundo tirava foto de documento na rua! Sabe aqueles retratinhos preto-e-branco que eu tenho de mim quando eu era rapazinho e magrinho? Pois é, muitos eu tirei na rua assim! Pena que hoje em dia quase não se usa isso mais, esses fotógrafos devem tá morrendo de fome, todo mundo tira foto de documento lá no Sakura e no Fujioka...
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/aniversariodecuritiba/territorio/
Muitos anônimos, nascidos do povo e produzindo para o povo, poucos se preocuparam em registrar seus nomes nas fotografias. Embora, em Curitiba, também se declarassem como lambe-lambes, esses fotógrafos de rua que tinham seus pequenos estúdios e laboratórios em bancas não foram os primeiros fotógrafos lambe-lambes tipicamente característicos: andarilhos de rua. Aqueles, os mais antigos, eram ambulantes com grandes câmeras-caixotes que atuavam em praças, parques, jardins e locais públicos (FERNANDES JÚNIOR, s.n.; SILVA, 2009). Já, os fotógrafos das banquinhas eram versões mais modernas dos antigos lambe-lambes, pois estando alocados num ponto fixo, não mais se constituíam nômades ou sentados à espera do cliente sob a sombra de uma frondosa árvore numa praça, nem num jardim a céu aberto.
A câmera lambe-lambe era confeccionada com uma caixa de madeira contendo uma objetiva (conjunto de lentes) apoiada sobre um tripé. Era dividida em duas partes: superior e inferior, na inferior havia dois químicos que seriam usados com filmes e papéis fotográficos para o banho, o revelador e o fixador. Quando ia revelar, o fotógrafo enfiava a mão dentro da câmera para fazer a revelação através de aberturas, como sacos ou meias, que impediam a entrada de luz. Usavam como câmera a máquina Bernardi ou máquina “Caixote”, fabricada por Francisco Bernardi, italiano de Bolonha, tendo a câmera sido introduzida no Brasil aproximadamente no ano de 1915 (FRANCO, 2004).
http://lambelambecultural.blogspot.com/
Em seu primórdio, a fotografia direcionava-se à elite e exigia conhecimentos de química e física. Os avanços tecnológicos, a industrialização de equipamentos e materiais corroborou para o barateamento da fotografia e à sua massificação ao final do século XIX. Dessa forma, os lambe-lambes contribuíram para popularizar a fotografia no Brasil ao final daquele século sobrevivendo de maneira bastante escassa até o século XXI, não tendo eles atingido a classe dominante. Seus clientes geralmente eram humildes suburbanos, oriundos de cidades pequenas ou à procura de trabalho. Ofereciam preços abaixo dos estúdios maiores e entregavam as fotografias prontas em menor tempo, o saber da técnica fotográfica passava de pai para filho, mas isto nem sempre necessariamente foi assim (FRANCO, 2004).
Lambe-lambe?
Há várias explicações para o termo lambe-lambe, (observar as referências e indicações para leitura ao final deste post):
Lambe-lambe pode ter surgido pelos antigos fotógrafos que batiam a chapa preto-e-branco e assopravam o negativo para que o calor do ar da boca ajudasse a secá-la. Aí as pessoas passavam e viam o fotógrafo fazendo isto e diziam que ele estava lambendo a chapa (AMARANTE e SEVERINO JÚNIOR, 2002 apud FRANCO, 2004, p.21).
“Para Boris Kossoy (1980), a origem do termo lambe-lambe se refere a um teste que se faz para
verificar de que lado estava a emulsão de uma chapa, filme ou papel sensível. Para evitar o erro de colocar a chapa com a emulsão voltada para o fundo do chassi, o que deixaria fora do plano focal e portanto, com falta de nitidez, costumava-se, (não só o fotógrafo lambe-lambe, mas como qualquer outro fotógrafo que utilizava câmeras de grande formato), molhar com saliva a ponta do indicador e do polegar e fazer pressão com esses dois dedos sobre a superfície do material sensível num dos cantos para evitar manchas. O lado em que estivesse a emulsão seria identificado ao produzir uma leve impressão de ‘colagem’ no dedo” (KOSSOY,1974 apud FRANCO, 2004, p. 21).
Segundo alguns lambia-se a placa de vidro para saber qual era o lado da emulsão o que explicaria o nome. […] Há quem diga que se lambia a chapa para fixá-la, porém a origem mais viável parece estar
ligada ainda ao antigo processo da ferrotipia. Este processo envolvia uma camada de asfalto sobre uma chapa de ferro de mais ou menos 1mm sobre a qual era aplicada a emulsão. Após a revelação com sulfato de ferro, o fotógrafo lambia a chapa, fazendo com que a imagem se destacasse do fundo preto asfáltico pela ação do cloreto de sódio existente na saliva"(KOSSOY,1974 apud FRANCO, 2004, p. 21).
Quando se revelava a foto, após ser retirada do banho com o químico fixador, ela era lavada com água, então, os lambe-lambes passavam a foto na boca pra não ficar muito molhada, com o tempo, alguns passaram a acender um fogareirinho com álcool, e secava a chapa nele (FRANCO, 2004).
No Brasil, embora existam muitas imagens, a História da Fotografia Lambe-Lambe não é algo muito simples de se detalhar devido à carência de registros escritos e ao anonimato de muitos fotógrafos. Sendo que, mais a partir dos anos 1980, as pesquisas a respeito deles tivessem se dado, devido a decadência de tal profissão e técnica fotográfica. Rio de Janeiro e São Paulo foram as principais portas de entrada dos fotógrafos lambe-lambes, imigrantes que vinham da Europa já com o conhecimento de fotografar e revelar ao ar livre. Em Belo Horizonte, no ano de 2004, ainda existiam 6 fotógrafos lambe-lambes na Praça da Estação (FRANCO, 2004).
http://lambelambecultural.blogspot.com/
Em cada cidade brasileira, o perfil dos fotógrafos tende a variar. Por exemplo, em Belo Horizonte, a primeira geração de fotógrafos lambe-lambes em 1922 era em maioria de espanhóis e sírios. Nos anos 1930-1940, decretos impunham cobranças de taxas, licenças e rodízios semanais entre os lambe-lambes na capital mineira. Alguns ficavam restritos à fotografia de documentos, outros viajavam para fotografar festas religiosas no interior de Minas Gerais e ganhar dinheiro. Ao final dos anos 1950-1960, os lambe-lambes mineiros vivenciaram o período de maior rentabilidade com os retratos 3x4 para inúmeros documentos como a carteira de trabalho, de identidade... Utilizando como suporte a técnica de se fotografar em vidro, entregavam a foto pronta em 20 minutos. O mesmo ocorreu em Vitória, pois nos anos 1950, os estúdios levavam entre 3 a 4 dias para entregar o serviço pronto aos clientes. Além dos 3x4, os ambulantes mineiros fizeram fotos para monóculos até o final dos anos 1980 (FRANCO, 2004).
http://lambelambecultural.blogspot.com/
A chegada do filme colorido e do minilab (mini-laboratório) para revelações coloridas iniciou o processo de decadência da fotografia lambe-lambe, pois podia oferecer preços ainda menores e a entrega da foto pronta em menos de 30 minutos, além do que, os próprios lambe-lambes ficavam dependentes dos estúdios fotográficos para comprarem o material para revelação colorida (FRANCO, 2004). Quadro semelhante ocorreu no restante do Brasil que, com as inovações e modernizações tecnológicas tanto analógicas quanto digitais e com a popularização e barateamento da fotografia, direcionaram o tradicional ofício dos lambe-lambes à obsolescência e desvalorização, portanto, a caminho da extinção (FERNANDES JÚNIOR, op. cit.).
Os sobreviventes do lambe-lambe vieram se adaptando ao longo dos tempos, desde a máquina Bernardi às de filme colorido; de monóculos às Polaroid e, agora, seguindo com equipamento digital... (FRANCO, 2004; TASSINARI, 2006). Embora, acredite que lambe-lambe mesmo era o que lambia a chapa, os primeiros, tradicionais e característicos.
Por isso, suscito aos meus comparsas, integrantes do Fotoclube Super Olho, uma provocação: procurar se ainda existe algum fotógrafo lambe-lambe em Goiânia e região, lambe-lambe mesmo, de verdade, que tira foto com a chapa preto-e-branco e tudo mais... Com ele realizar uma entrevista informal e claro: tirarmos uma foto para a posteridade! Quem aceita minha proposta?
Para conhecer mais sobre lambe-lambe e sua história, você poderá consultar também as fontes indicadas.
http://www.iesb.br/moduloonline/napratica/?fuseaction=fbx.Materia&CodMateria=2055
Postado por: Naira Rosana em 08 de novembro de 2011.
REFERÊNCIAS
FERNANDES JÚNIOR, Rubens. Desconhecidos íntimos: o imaginário do fotógrafo lambe-lambe. Disponível em:<http://www.mnemocine.com.br/fotografia/rubens.htm>
FRANCO, Marcelo Horta Messias. Profissionais em extinção: o caso do fotógrafo lambe-lambe. Monografia de Conclusão de Curso. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 2004. Disponível em: <http://www.antropologia.com.br/divu/colab/d25-mfranco.pdf>. Acesso em: 08 nov. 2011.
SILVA, Andressa Ignácio. Fotógrafos lambe-lambes e fotoclubistas: análise de perfil e perspectiva social da produção fotográfica. II Encontro Nacional de Estudos da Imagem. Anais... 12 a 14 mai. 2009. Disponível em: <http://www.uel.br/eventos/eneimagem/anais/trabalhos/pdf/SILVA_Andressa%20Ignacio.pdf>. Acesso em: 07 nov. 2011.
TASSINARI, Marco. Profissão: lambe-lambe. Há 40 anos na lida, fotógrafo se moderniza para enfrentar a concorrência e a falta de material disponível no mercado. 06 jun.2006. Disponível em: <http://www.iesb.br/moduloonline/napratica/?fuseaction=fbx.Materia&CodMateria=2055>. Acesso em: 08 nov. 2011.
INDICAÇÕES DE LEITURA
KOSSOY, Boris. O fotógrafo ambulante: a história da fotografia nas praças de São Paulo. In: Suplemento Literário do jornal O Estado de São Paulo, 24 nov.1974, p.5.
FABRIS, Annateresa (Org.). Fotografia: usos e funções no século XIX. São Paulo: USP, 1991.
FROÉS, Leonardo. Os lambe-lambe. In: Coisas Nossas, Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Educação e Cultura e Mec-Funarte, 1978.
GOUVÊA, Isabel. Lambe-lambe: resistindo à extinção. In: Jornal FotoBahia, Salvador, n.1, jul/1981, p.3.
GRILLO, Margareth. Lambe-lambe: a profissão que a tecnologia desbancou. Disponíel em: <http://www.antropologia.com.br/divu/colab/d25-mfranco.pdf>
JORNAL O Norte. Modernidade versus tradição. Disponível em: <http://www.onorte.com.br/noticia/35257.html>
SIMINETTA, Persichetti. Lambe-Lambe: a câmera automática no lugar da velha caixa. In: Revista Iris, n.334, p.18-20, janeiro/fevereiro 1981.
SOUZA, Felipe de Paula. Um olhar sobre os fotógrafos Lambe-lambes de Ilhéus, Bahia. Revista Espaço Acadêmico. n.63. ago. 2006. Disponível em: <http://www.espacoacademico.com.br/063/63souza.htm>. Acesso em: 08 nov. 2011.
VASQUEZ, Pedro. Olha o "passarinho"! Uma pequena história do retrato. In: O retrato brasileiro: fotografias da Coleção Francisco Rodrigues 1840-1920, Rio de Janeiro, Funarte e Fundação Joaquim Nabuco, 1983, p.27.
ZUANETTI, Rose; REAL, Elizabeth; MARTINS, Nelson et al. Fotógrafo: o olhar, a técnica e o trabalho. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2002.
IMAGENS E DEMAIS SITES CONSULTADOS
http://www.flickr.com/photos/claudiolara/362436897/
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/aniversariodecuritiba/territorio/
http://fotografoslambelambes.blogspot.com/2010/02/fotografos-ambulantes-no-brasil-os.html http://www.iesb.br/moduloonline/napratica/?fuseaction=fbx.Materia&CodMateria=2055
http://lambelambecultural.blogspot.com/
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
O retratista de paisagens humanas
Marc Ferrez em 1876 |
Amolador (1889) |
Vendedora de mercado (1875) |
Avenida Central, Rio de Janeiro (1910) |
Jardim Botânico, Rio de Janeiro (1880) |
Araucárias, Paraná (1884) |
Vapor no Porto do Rio de Janeiro (1895) |
Índio botocudo no sul da Bahia (1885) |
domingo, 23 de outubro de 2011
O que é um filme fotográfico?
Cada filme possui um comportamento à luz, proporcionando uma reação a ela alterando a velocidade de captação da imagem. Essa característica é chamada de sensibilidade, ou ISO (International Organization for Standardization), ou ASA (American Standards Association, americano) ou DIN (Deutsches Institut für Normung, alemão), ou como era chamada na antiga União Soviética, GOST. Então negativos com ISO menores são mais lentos para a captação da imagem ou mais resistentes a luz, possuindo uma quantidade maior de grãos por emulsão, e ISO maior são filmes mais rápidos, ou mais sensíveis à luz, possuindo uma quantidade de grãos menores.
O sistema ISO de classificação segue um padrão aritmético: por exemplo, um filme de ISO 400 é duas vezes mais "rápido" do que um de ISO 200, exigindo metade da exposição. Por outro lado, tem metade da velocidade de um filme de ISO 800, necessitando do dobro da exposição deste. No entanto, quanto maior o número ISO, maior a sensibilidade, e maiores são os grãos, haletos de prata, resultando numa imagem com pouca resolução.
Os ISOs mais comuns são: 32, 50, 64, 100, 125, 160, 200, 400, 800, 1600 e 3200.
Filmes de baixa sensibilidade: ISO 32 a ISO 64. São ideais para o trabalho com muita luz proporcionando imagens bem definidas e com bom contraste permitindo grandes ampliações.
Filmes de média sensibilidade: ISO 100 a 400 são os mais populares para os objetivos gerais. São filmes de granulação fina e ainda permitem trabalhos em condições de luz um pouco mais variadas. Indicados para dias ensolarados (ISO 100) ou nublados (ISO 200) e flashes de baixa potência (embutido na câmera).
Filmes de alta sensibilidade: ISO 800 a ISO 3200. Os filmes desta categoria apresentam um aspecto nitidamente granulado quando são ampliados. São ideais para trabalhos com pouca luz, como ambientes externos à noite, museus, teatros e casas de espetáculos em geral sem necessidade de uso de flash ou quando se necessita de alta velocidade para "congelar" o movimento.
Os filmes fotográficos podem ser coloridos ou em preto e branco. O preto e branco são monocromáticos, sendo sensibilizados por todos os comprimentos de onda de luz visível. Os filmes coloridos possuem várias camadas de haletos sensíveis, sendo cada camada sensível a um comprimento de onda específico, vermelho que formam pigmentos ciano, verdes que formam um pigmento magenta e azul que forma um pigmento amarelo, reproduzindo então as cores do objeto.
As imagens formadas nos filmes fotográficos são contrarias as imagens fotografadas, pois os haletos que são atingidas pela luz é que são sensibilizadas, escurecendo no caso dos preto e branco, ou alcançando cores complementares, no caso das coloridas, dai serem chamados de negativos.
Existem também os filmes do tipo Cromo ou Slide, que reproduzem a imagem tal como ela é, na realidade um positivo da imagem e não um negativo, são utilizados para ser fazer imagens transparentes para serem usadas em projetores.
Formatos
São variados os formatos de filme existentes no mercado. Cada formato tem a sua aplicação específica sendo necessária uma câmera apropriada para cada formato de filme. Existem diversos formatos de filme pelo motivo de que se alterarmos o tamanho do filme alteramos também a qualidade da imagem final (quanto maior o suporte original) maior definição terá a fotografia ou o vídeo final, permitindo assim maior plasticidade a artistas, maior versatilidade a amadores e maior exatidão para aplicações técnicas.
Atualmente, no meio fotográfico, designa-se por "pequeno formato" todos os tamanhos de filmes inferiores ao de 120, como "médio formato" os tamanhos de 120 e 127 e como "grande formato" todos os tamanhos iguais ou superiores a 4x5 polegadas, estes, normalmente dispostos em chapas.
Os formatos de filmes mais comuns em fotografia são:
Pequeno formato
O 16 mm – Formato usado quase em exclusivo nas câmeras Minox (câmeras de pequenas dimensões, conhecidas como câmeras de espião). Neste formato o filme vem contido num chassis blindado com duas bobines no interior. Numa destas bobinas está o pedaço de filme por expor, avançando o mesmo para a bobina seguinte após ser exposto à luz. Este formato por ser tão pequeno, ainda hoje é usado como filme cinematográfico.
Médio formato
O 120 e 220 - Formato em que o filme é enrolado num único pino de plástico juntamente com um papel de proteção a todo o seu comprimento. Destina-se a fazer fotogramas de 60x45mm, 60x60mm, 60x70mm e 60x90mm normalmente podendo variar consoante o modelo de câmera usado. O filme de 120 permite fazer 12 fotogramas de 60x60mm, o formato de 220 tem o dobro de filme, permitindo ao fotógrafo fazer 24 exposições de 60x60mm. Foi amplamente utilizado por profissionais em fotos de estúdio, propaganda e eventos sociais.
O 124 e 127 - Ao longo da história da fotografia existiram diversos formatos desenvolvidos por alguns fabricantes, os quais foram abandonados por estes não se terem tornado norma padrão, são exemplo disso o formato de 124 e o de 127 perfurado, os quais eram semelhantes aos formatos 120 e 220 variando apenas a sua altura (o 124 com 43 mm de altura e o 127 com 73 mm de altura e com perfuração apenas num dos lados da película).
O 135 (conhecido como 35 mm) - É o formato mais usado por profissionais e amadores, no qual o filme vem enrolado dentro de uma bobina metálica ou plástica que o protege da luz. Este filme tem perfurações laterais as quais se destinam, em algumas câmeras, a facilitar o avançar e rebobinar do filme. O filme tem o nome de 35 mm pois esta é a medida de largura do filme.
Originalmente destinava-se ao cinema, tendo sido adaptado ao uso fotográfico por volta de 1920. Normalmente produzem-se neste formato fotogramas de 24x36mm, podendo em algumas câmeras produzir formatos de 24x72mm, dando origem a fotografias panorâmicas. É o formato com mais opções de sensibilidade ISO e é a categoria de filme que mais recebe inovações tecnológicas pelos fabricantes. Sendo o mais utilizado, seja por amadores ou profissionais, devido à sua versatilidade e disponibilidade tanto para fotos coloridas em papel ou slides, e em preto-e-branco.
Grande formato
Os normalmente usados em estúdio, existindo em diversos tamanhos (4x5 pol., 8x10 pol., 11x24 pol.). Tem a sua aplicação em trabalhos onde é necessária a máxima qualidade, ou em que não é possível proceder-se a ampliação do negativo, por esta propiciar a diminuição da qualidade final da fotografia. Produzem fotografias de alta resolução e extremamente precisas. Normalmente demandam cuidados especiais na conservação e manuseio, sendo utilizados por profissionais de áreas como a arquitetura e publicitária.
Cuidados básicos
Os filmes fotográficos requerem cuidados especiais, tais como evitar o calor excessivo, armazenagem em locais secos, ventilados e livres de poeiras. É também aconselhável revelar o filme o mais cedo possível após este ter sido exposto, pois com o tempo vai-se degradando, podendo sofrer alterações na cor. Por essa mesma razão, os filmes têm prazo de validade. Também se deve tomar cuidado, durante viagens em aviões, pedir inspeções manuais dos rolos de filme, pois se passados pelos aparelhos de raios-X podem ser danificados. Normalmente os filmes de alta sensibilidade (ISO 800 ou superior) são mais suscetíveis a danos. Uma boa opção é armazenar os filmes na geladeira, o que ajuda a prolongar o tempo de vida dos componentes químicos que o compõem.
Alexandre Rabelo.
BUSSELLE, Michael.Tudo sobre fotografia. Circulo do Liveo S.A.
http://www.juliofranca.net/2010/05/instamatic-177-xf/
http://www.ortensi.com.br/fotografia/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Filme_fotogr%C3%A1fico
http://belezasdecedral.blogspot.com/2011/02/tipos-e-formatos-de-filmes-fotograficos.html
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Quantos megapixels tem sua câmera?
Mirage Kmax 3.1 |
Sony Cyber Shot 12.1 |
Nikon D40 |
Canon RC -701, ano de 1996 |
Hasselblad H4D- 200 MS |
- Resolução: quantidade de pixel de uma imagem, quanto maior a resolução mais pixel e melhor a imagem.
- Pixel: aglutinação de elementos de uma imagem, um pixel equivale ao menor ponto que forma uma imagem.
Foto feita com a Mirage Kmax 3.1 |
Foto feita com Sony Cyber Shot 12.1 |
Foto feita com Nikon D40 |